“Tu sabes. Conheces melhor do que eu a velha história.
   Na primeira noite eles se aproximam e roubam   
   uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.    
   Na segunda 
noite já não se escondem: 
pisam  as
   flores, matam nosso cão.  E não dizemos nada.
   Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho 
   em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo 
   nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.  
   E já não podemos dizer nada.”
                                       
                               ("No
caminho, com Maiakówsk"- de Eduardo A. Costa - Niterói)
    
         
        
    
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