sexta-feira, 4 de novembro de 2022

A inspiração do governo de Deus, da pátria e da família









Deus, Pátria, Família

Por Jefferson Arce, professor, escritor e filósofo

O (quase) ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sempre assina os documentos oficiais com a expressão “Deus, Pátria, Família”, que é o lema da Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento inspirado no fascismo italiano fundado em 1932 por Plínio Salgado.

Os integralistas brasileiros usavam símbolos e rituais que os aproximavam de seus similares europeus, como o uso do verde na indumentária, a letra grega sigma no logotipo do movimento, e a saudação "anauê".

O caso recente mais assustador foi do ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, que em janeiro de 2020 copiou uma citação do ministro de propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, em um discurso de suas redes sociais para divulgar o Prêmio Nacional das Artes.

Em um de seus discursos na então Alemanha nazista, Goebbels afirmou:

A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada.

Na adaptação do ex-ministro Alvim a frase ficou assim:

A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.

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