domingo, 4 de dezembro de 2022

O ALVORECER DO PATRIDIOTISMO





 



Este período pós-eleitoral da era Bolsonaro ficará na história como o momento em que seus seguidores assumiram a pecha de “patridiotas” e “patriotários” cunhada pela população por conta dos dois aspectos desse episódio que  saltaram aos olhos de todos. 

A de “patridiotas” adveio do ridículo a que se expuseram nas manifestações frente aos quartéis, momento em que protagonizaram as cenas mais patéticas e “non-sense” de que se tem registro desde a proclamação da república; e de “patriotários” porque – mesmo com todas as evidências de que suas reivindicações de cunho golpista não chegariam a lugar algum por sua natureza sabidamente ilegal – se permitiram, ainda assim, ser manipulados por líderes que lhes cobravam todo  o sacrifício pela causa, enquanto eles próprios “curtiam a vida adoidado”, segundo o jargão repetido em larga escala por toda a mídia brasileira. 

O que se viu foi um cenário de caos que colocou a vida dessa gente de pernas pro ar diante dos narizes impolutos e de absoluta indiferença de suas lideranças, que não moveram um dedo sequer para aliviar seus dramas e, como se não bastasse, eram flagrados descansando em resorts de luxo, passando férias nos EUA, ou viajando ao Qatar para assistir aos jogos da Copa.

A postura de idiota pode ter causas de natureza cognitiva sérias, ou até ser consequência de um distúrbio congênito que nem a medicina consegue evitar. Já encaixar-se no triste papel de otário depende apenas da decisão pessoal de se manter informado e atento ao contexto em que se vive, o que reduz em muito - ou até perto de zero - a possibilidade de ser usado pelo primeiro espertalhão que queira colocar você no front para receber os tiros, enquanto ele próprio permanece quietinho na trincheira dando gritinhos, de vez em quanto, pra você acreditar que não irá deixá-lo na boca dos leões!


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